Copa surgiu para curar as feridas da Primeira Guerra Mundial
Eleito presidente da FIFA em 1921, Jules Rimet tinha o projeto de usar o futebol para aproximar os povos após o conflito. Em 1930, o sonho se tornou realidade: há 80 anos nascia o evento esportivo mais popular do planeta
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Uruguaios comemoram a conquista do primeiro campoenato mundial em 1930, uma "tempestade de entusiasmo" que emocionou Rimet
Na baía de Villefranche-sur-Mer, em 21 de junho de 1930, um navio deslizava lentamente rumo ao horizonte. Saindo da França, seu destino era o Uruguai. A bordo, passageiros quase anônimos. Rapazes fortes e musculosos que enfrentavam a travessia para disputar a partida de abertura da primeira Copa do Mundo de futebol. Um batismo duplo, de certa forma. A maior parte deles jamais tinha se aventurado pelo mar, e a viagem até Montevidéu iria durar 15 dias. Por sorte, as condições meteorológicas se anunciavam favoráveis.
A bordo do Conte Verde, um homem de terno e gravata, cabelos brancos e bigode finamente talhado ostentava um sorriso discreto. Em sua bagagem, uma estatueta de 30 cm de altura e 4 kg, representando uma Vitória segurando sobre a cabeça um vaso octogonal: a Copa do Mundo, um troféu de ouro maciço produzido pelo escultor francês Abel Lafleur. O homem que cuidava desse precioso tesouro chamava-se Jules Rimet. Presidente da Federação Internacional de Futebol desde 1921, ele batalhava, havia quase dez anos, para organizar uma competição aberta às equipes do mundo inteiro. Seu leitmotiv: aproximar os jogadores dos dois hemisférios, em um espírito de fraternidade, e fazer do futebol o rei dos esportes atléticos.
As esperanças que ele depositava nessa primeira Copa do Mundo eram imensas. A poucas semanas do momento do primeiro confronto, ele rememorava o quanto tinha sido longa a estrada até o embarque para a América do Sul.
Nascido em 24 de outubro de 1873 em Theuley-les-Lavoncourt, um vilarejo de Haute-Saône, na região francesa de Franco-Condado, o pequeno Jules passou a infância entre a escola, a loja de produtos alimentícios do pai e o moinho do avô. A agricultura regional sofria então o impacto da guerra franco-prussiana de 1870. As condições de vida eram difíceis. Em 1885, com 12 anos, ele se juntou aos pais, que haviam partido em busca de uma vida melhor em Paris. Aluno estudioso, terminou o ensino médio e começou a estudar direito. Uma carreira jurídica se abria para ele. Mas seria essa sua verdadeira vocação
O primeiro gol de uma Copa do Mundo foi marcado por LUCIEN LAURENT, da França, em Montevidéu, no dia 13 de Julho de 1930. Sua equipe venceu o México por 4 a 1.
Lucien Laurent é um ex-jogador francês de futebol. É conhecido internacionalmente por ter sido o autor do primeiro gol na história das Copas do Mundo.
Laurent, volante da Seleção Francesa, marcou 19 minutos do jogo em que a França venceu o México por 4 a 1, na Copa de 30, no Uruguai. A França, no entanto, perdeu seus dois jogos seguintes, contra a Argentina e Chile e acabou...
Há uma unanimidade quando o assunto é futebol. O mundo inteiro gosta, e pára pra ver os jogos, sendo do seu time de coração, ou quando se trata da seleção que representa seu país nas Copas. Estamos há poucos dias da Copa do mundo, então vale a pena relembrar os 10 gols que foram considerados os mais bonitos em Copas do Mundo, de acordo com uma lista feita pelo BBC, no final de 2009.
Adriano e Kléber (Palmeiras), Rafael Coelho e Willian (Avaí) e Alecsandro (Vasco da Gama)
05
2010
Neymar (Santos)
11
2009
Taison (Internacional)
07
2008
Edmundo (Vasco da Gama)
06
2007
André Lima (Botafogo/RJ), Dênis Marques (Atlético/PR) e Victor Simões (Figueirense)
05
2006
Valdiran (Vasco da Gama)
06
2005
Fred (Cruzeiro)
15
2004
Alex (Botafogo) e Dauri (15 de Novembro - RS)
08
2003
Nonato (Bahia)
09
2002
Deivid (Corinthians)
13
2001
Washington (Ponte Preta)
12
2000
Oséas (Cruzeiro)
10
1999
Dejan Petkovic (Vitória) e Romário (Flamengo)
08
1998
Romário (Flamengo)
07
1997
Paulo Nunes (Grêmio)
09
1996
Luizão (Palmeiras)
08
1995
Sávio (Flamengo)
07
1994
Paulinho (Internacional-RS)
06
1993
Gilson (Grêmio)
08
1992
Gérson (Internacional-RS)
09
1991
Gérson (Atletico MG)
06
1990
Bizú (Náutico)
07
1989
Gérson (Atletico MG)
07
Deivid (foto ao lado) Marcou o único gol corintiano na partida final de 2002 e chegou a 13 na competição, estabelecendo o recorde de gols, até então, numa só edição do campeonato.
A marca só foi superada três anos depois. O jovem Fred, do Cruzeiro, terminou o campeonato de 2005 com 15 gols.
Na história da competição, Romário é o maior goleador. Fez 36 gols em 46 partidas, de 1995 até 2007.